O desastre da FTX é uma história inacreditável de falta de controle e a aquisição do Twitter por Elon Musk é igualmente preocupante desde sua abordagem caótica ate às demissões em massa. Essas histórias têm algo em comum, O mito do líder brilhante e carismático cada um dessa hisotria combina estilos de liderança únicos e chamativos com um desrespeito pelas práticas de gerenciamento.
A contabilidade não é o tipo de coisa que o coloca na capa da Fortune , mas o monitoramento adequado das atividades de uma empresa e de suas finanças é uma parte central de uma boa administração. Na FTX, foi aparentemente ignorado, como a empresa poderia crescer tanto na ausência de qualquer sistema básico de gestão?
A saga do Twitter é ainda mais intrigante, pontuada pelos tweets constantes de Musk, lançamentos e retratações de produtos, demissões em massa e depois recontratações e uma proibição de trabalho remoto retirada em um dia. Esta é novamente a história de um CEO que orgulhosamente mostra total desrespeito aos fundamentos da administração e uma fé nos efeitos mágicos de sua liderança e intelecto.
Mas afinal o que é uma boa gestão?
Não há uma resposta única mas podemos focar em 3 facetas: estabelecimento de metas, incentivos e monitoramento. Empresas bem administradas estabelecem metas estratégicas razoáveis; definir sua equipe para contribuir com eles; e medir seu progresso. Chame de chato, se quiser – eu chamo de bom negócio.
A pesquisa mostra que os CEOs com ares de líder brilhante e carismático são importantes para o sucesso de uma empresa , mas sua contribuição é mais do que visão e intelecto, e depende criticamente do contexto.
Qual a contribuição dos líderes para uma empresa?
Os CEOs são diferenciados horizontalmente, ou seja, eles possuem uma variedade de habilidades, conhecimentos e estilos de liderança diferentes, que se encaixam melhor ou pior em uma determinada indústria ou situação. Um ex-general pode ser ótimo em liderar operações , mas não se encaixar no cargo de CEO em uma startup de software.
O retorno inesperado de Bob Iger à Disney pode ser visto como mais uma evidência de quão importante é o “ajuste” para o sucesso no cargo principal.
Os CEOs bem-sucedidos considerados líderes brilhantes e carismáticos influenciam e motivam suas equipes, e isso é essencialmente uma habilidade social, não uma questão de visão ou inteligência. Minha pesquisa documentou que essas habilidades sociais de nível C estão em alta demanda.
Onde deve estar nossa atenção?
Em vez de discutir apenas se Musk é um bom CEO em geral, podemos perguntar se ele tem as habilidades e a experiência necessárias para administrar uma plataforma de mídia social – e se será capaz de motivar e gerenciar a equipe que está no lugar.
É perfeitamente razoável pensar, que Musk é um CEO acima da média, não particularmente adequado para administrar uma plataforma de mídia social, cujo comportamento no período que antecedeu sua aquisição do Twitter garantiu que ele não seria capaz de influenciar as pessoas.
Essa visão de liderança é mais difícil de colocar nas capas de revistas e, portanto, muitas vezes é esquecida. Mas ignorar o complexo relacionamento entre líderes e suas organizações é ruim para investidores, consumidores e, em última análise, também para gerentes e CEOs.
Fonte: Forbes